Consideradas uma sobremesa requintada, tradicionalmente consumida em ocasiões festivas, as trouxas das Caldas são atualmente procuradas durante todo o ano, sendo um ícone da doçaria regional. O amarelo vivo característico, além de evidenciar a utilização abundante de gemas na confeção das trouxas de ovos, evoca os nossos sentidos, dando-nos vontade de saborear tamanha doçura.
Não há dados exatos em relação à origem deste doce regional, mas a receita poderá ter surgido no Convento de Cós, que chegou a abastecer o Mosteiro de Alcobaça. As primeiras freiras que vieram para este convento vinham de outras casas religiosas do Alentejo, conhecidas pela sua grande e prestigiosa tradição doceira.
INGREDIENTES
- 1 kg de açúcar
- 18 gemas
- 2 claras
- 300 ml de água
PREPARAÇÃO
- Leve o açúcar ao lume com a água e deixe ferver até fazer ponto de fio (quando correrem fios de calda sem grande resistência).
- Entretanto, passe as gemas por um passador fino e misture-as com as claras, apenas para ligar.
- Estando o açúcar no ponto desejado, retire o tacho do lume e deite imediatamente no meio um cálice pequeno com a mistura dos ovos.
- Leve a lume forte e, com uma escumadeira, retire as folhas que se formam assim que os ovos coagulam, colocando-as a escorrer sobre uma peneira.
- Borrife a calda com água fria sempre que for necessário, a fim de manter a sua densidade, e coza toda a mistura de ovos do mesmo modo.
- Para armar o doce, sobreponha duas folhas, ficando a parte brilhante virada para baixo. Apare os lados com uma faca e coloque as aparas sobre o meio das placas.
- Enrole as trouxas na forma tradicional e sirva-as regadas com calda de açúcar.
- Sugestão: Faça o aproveitamento das claras restantes da preparação das trouxas, fazendo um Pudim Molotov para a sobremesa.